Significância equivocada




Do diminuto grão de areia à complexidade do ser vivo, de grandeza não há diferença relevante perante as estrelas que os céus iluminam. Complexidade não é valor. Valor é um conceito imaginário e não há razão para ter a complexidade como principal critério avaliativo no valor de alguma coisa. Atribuir valor a algo é uma tarefa complicada, o ser humano é superestimado ao mesmo tempo em que seu comportamento se equipara ao de um vírus que, de forma desenfreada, migra de um local a outro arrancando todos os recursos, destruindo tudo o que possua vida, com a diferença que o vírus é incontáveis vezes menos destrutivo e não deteriora em escala global.

Pra onde?




Não sei, é como se nada nesta vida fosse para mim. Todos os caminhos são repletos de espinhos, nada consegue ser simples aos meus olhos. Queria conseguir fechar os olhos, ignorar, e quando algo ruim acontecer, relevar.
Nesta vida, de que vale o otimismo, se é ele a estrada da perdição, da ira e da frustração? Esperar que algo bom ocorra é se sujeitar à decepção caso o que esperava não vir a acontecer. Se acontecer, não será nada surpreendente, nada relevante, afinal, já era isso que esperava.
E embora menos prejudicial, tão pouco vale o pessimismo. Ser pessimista em relação a um futuro destrói qualquer esperança, qualquer vontade de seguir em frente. Contudo, é provável que boas situações, das mais insignificantes tragam consigo a felicidade, uma vez que são mais do que o esperado.
Otimismo é comumente visto como algo interligado à felicidade. Será mesmo?
Independente do caminho que escolhemos percorrer, estaremos sempre fortemente sujeitos aos males desta vida.