Vamos esquecer este momento da história universal


Tua estrutura biológica o faz atribuir alguma relevância às coisas do mundo; é preciso acreditar que é o centro do universo para respirar. Quão infeliz é estando no curso forçado do impulso de autopreservação, que contraria tua personalidade faustiana, endeusadora da verdade! No peido cosmológico que gerou a vida, não há lugar especial. Não quero mais brincar com os macacos.

Princípios da moral universal


Bom é tudo que concentra e amplia a capacidade de concentração de força de um determinado mecanismo.
Ruim é tudo que retarda e diminui a capacidade de concentração de força de um determinado mecanismo.
Os elementos benéficos devem ser conservados e estimulados. Os elementos maléficos devem ser prontamente eliminados.
Eis que o universo é vida e todo excremento fora reduzido à moléculas e reconstituído em força ativa, não serão mais necessários Big Bang. Eis o sentido da vida! O Kháos evidencia o fracasso das explosões anteriores em resultarem mecanismos produtivos.

Tornar-se-á... vida?

 
No tabuleiro cosmológico os corpos celestes são como peões gigantescos e atrapalhados; a força só os permite correr em uma direção. Quem os tornará rainha?
O ser humano parece SER cego em relação às potencialidades cosmológicas da vida. É peão em ato e rainha em potência – mas contenta-se com e mediocridade da unidirecionalidade. O Kháos será Kósmos quando este macaco atrapalhado encontrar a si próprio.

Idealismos III

 
As probabilidades do horizonte idealista ser alcançado são altas, contudo, as probabilidades do horizonte idealista ser alcançado no curto espaço de tempo em que o idealizador permanece vivo, são baixíssimas. Portanto, é burrice tomar a ideia de que as probabilidades dos idealismos se tornarem reais são altas, como um elemento de auto motivação.
Importância é criação humana, o universo é incapaz de importar-se com os nossos desejos e nosso medo de perecer. Justiça é criação humana, o universo é incapaz de ser justo ou injusto.

Idealismos II

Demonstrarei, agora, que a possibilidade do horizonte idealista ser alcançado, além de existente, tem suas probabilidades de concretização altíssimas.
É certo que em nossa insignificância em âmbito universal, temos conhecimento de um número extremamente limitado de elementos e, portanto, podemos fazer abstrações e idealizações com um número extremamente limitado. O universo abstraiu matéria e energia de tal forma que gerou cérebros capazes de autoconsciência. Coloquemos o cérebro com capacidade de autoconsciência como um desejo puramente idealista do universo nascente: Após bilhões de anos de fragmentação arbitrária de força e energia ele, finalmente, atinge tal desejo. Agora, comparemos tal exemplo com os anseios idealistas do cérebro autoconsciente do animal humano: Por sermos autoconscientes, podemos manipular matéria e energia não de forma arbitrária, mas de forma a traçar uma rota direta em direção à concretização dos objetivos. Aí, já estamos em vantagem em relação ao universo nascente. Não esqueçamos o fato de que o anseio do universo por um cérebro autoconsciente nunca existiu, portanto, a probabilidade dele um dia ter vindo a existir é ainda menor. O cérebro autoconsciente veio a existir, portanto, as probabilidades do horizonte idealista do cérebro autoconsciente ser alcançado, são certas. A espécie dos elementos ideais do cérebro autoconsciente pouco importa: Todos são possíveis de serem alcançados, pois, o cérebro autoconsciente pode somente fazer um processo de abstração com elementos já existentes. Qualquer processo de idealização pode ser feito somente com base nos elementos já existentes, isto é claro e, portanto, é possível abstrair energia e matéria de tal forma que se torne o horizonte ideal. A única forma possível dos idealismos não serem possíveis de ser alcançados, é com eles tendo base em abstrações constituídas de elementos não existentes no universo. A margem das abstrações é limitada ao âmbito do universo.

Agora, publique um livro.

Idealismos

Você constrói um castelo dentro de si, mas, ao abrir as janelas do quarto e confrontar-se com a realidade, é inevitável que ele desapareça. É necessário que esteja preparado para a angústia. A capacidade de projeção nos permite voar, em ambos os sentidos. A técnica é a concretização de algum idealismo, portanto, a técnica constitui parte dos idealismos mais superficiais e facilmente alcançáveis. Evita-se a angustia através da vasta redução do horizonte idealista. Se é possível? Sim, através da distração. Situações geram distração, reflexão gera angustia, pois, expande o horizonte idealista. Somente um processo reflexivo limitado conseguiria evitar tal coisa. É inevitável que os misantropos e antissociais expandam as fronteiras de seus reinos imaginários, uma vez em que o recolhimento gera a reflexão. Também é inevitável que os misantropos e antissociais possuam pensamento em tal nível que seja incompreensível ao senso comum, pois, o processo de abstração de ideias e compreensão das coisas avançou a um ponto intangível. Fazendo uma comparação entre o horizonte ideal e a realidade, a realidade torna-se um aglomerado de fezes, descartável e indesejada. Se não se enxerga um ideal, a realidade é o que é.

Sorria

Quando tudo está ruim, encontra-se motivos para acalmar a si próprio, para não entrar em desespero e tirar a própria vida. É um processo de auto preservação. Como é possível brincar por dentre os recantos da verdade sem enlouquecer? Me diga! Impossível, em determinado momento será necessário enganar a si próprio, do contrário, tornar-se-á um suicida.
A maioria das coisas estão ruins relativamente à ótica da sociedade, isso é o bastante para te fazer enlouquecer, mas, não deveria ser. Acaba percebendo que é inevitável matar a si próprio, único meio aparente de estar alheio à pressão social.