Soneto II

   
Tornaria efetivo o irrealizável
Para ter a tua companhia
Para sentir o teu perfume agradável;
Tão perfeita a vida me seria!

Se ao menos pudesse, teu olhar,
Contemplar ao brotar do novo dia
Poderia finalmente respirar
E me livrar da lutuosa agonia!

Quem me dera, em teu beijo entorpecer
A dor que, incessante, me aflige!
Quem me dera, em teu leito, esquecer

Os ofícios que o mundo me exige!
Tu é o meu propósito de ser;
E as falhas desta vida, quem corrige!

John Henrique - 13/10/2011 01:12

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