Em prantos, dou adeus à existência,
Que de nada me serviu.
Que, tempestuosa, levou-me à demência,
E de minha mágoa sorriu.
Sempre que almejara a morte
Tu, anjo de meu sonho valoroso!
Cicatrizou-me o profundo corte
Que me causara o flagelo amargoso.
Se choro, é por partir dessa existência
Sem ter tocado os vermelhos lábios dela
Que semelhantes ao líquido da essência
Forçavam-me a viver, viver por ela!
Peço, anjo meu, que encontre o defunto
E que a ele dê o beijo que sonhei
Para que descanse, de ti estando junto,
E lembrar que nesta vida eu amei!
John Henrique – 30/05/11 02:00
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