Fezes e interesse


A tela branca do Word não inspira boas ideias, portanto, vou escrevendo sem compromisso. Pegue um litro de vodka e divirta-se.
Não me sinto bem escrevendo a partir de sentimentos subjetivos. Oh! Estou fazendo isto agora. Gosto de frieza, imparcialidade e objetividade. Foram-se os tempos em que escrevia poesia, ele já não é um idealista reprimido, não! Cá dentro é sujo e caótico de mais para ser exposto em papel límpido. Dilema, angustia, frustração, raiva, incoerência. A poesia é só uma modalidade de colocar para fora. Os acadêmicos têm uma maneira ainda mais obscura de fazer isto, de modo que não seria estranho se alguém como eu, através de uma argumentação lógica, defendesse o assassinato e o suicídio. Erudito, intelectual, artista, todos angustiados enrustidos. Se for pobre, cria teses em defesa de políticas de esquerda. Se for rico, cria teses em defesa de políticas de direita. Se for negro ou homossexual, cria teses contra o preconceito. Se for fraco, critica o forte. Se for forte, critica o fraco.
Há o desejo pessoal, há o meu contexto social, há os meios pelos quais através do meu contexto social conseguirei atingir o meu objeto de desejo.  Oh não! Os fatos vão contra o seu sistema de crença pessoal, cujo está diretamente vinculado ao seu emocional, fazendo assim com que se sinta mal. Desculpe.
Definir e falsear, ambos sinônimos. Não percamos tempo com as coisas humanas. O trabalho taxonômico é bom, quando se parte do pressuposto que a continuidade da espécie é algo bom. Não há maior incoerência lógica do que considerar a sobrevivência da espécie algo bom. Bom é dar um peito e cagar nas calças, é quando se tem contato através dos sentidos com substância tal que está sempre em você, mas ignora. Este é o analfabeto científico. Os sentidos não nos permitem ver ondas de rádio, mas podemos presenciá-los através da técnica. Assim, estamos cientes de que existem ondas de rádio. Através da técnica, podemos provar que a merda existe, mesmo antes de sair da bunda, mas parecemos não estar – ou não queremos estar – cientes disto, pois se ficarmos, isto terá consequências éticas. A técnica é o sexto sentido, há algo patológico se não a usa para entender o universo – ou a usa parcialmente -. Loucura é só um dos incontáveis estados de variações comportamentais. Pode-se escrever um tratado filosófico a cerca das consequências éticas em decorrência à consciência das fezes no corpo. Pois bem! Passaram-se milênios a escrever da besta humana, está na hora de escrever a cerca de assuntos de maior relevância. Escrevamos, portanto, sobre fezes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário